
Porém, Jack Frost é uma espécie de Wolverine dentro deste mundo e prefere trabalhar sozinho. A sua cerimônia de entrada para a super-equipe tem sequências engraçadas (como os elfos tocando trombetas) e outras mais dramáticas (como a hora que o bom velhinho mostra a Jack que ele precisa descobrir qual a sua missão, o seu centro). Toda a trama é muito bem amarrada e gira em torno da crença das crianças nestes seres fantásticos. A partir do momento que elas deixam de acreditar estes seres mágicos vão ficando mais fracos. É este o plano do Breu para desestabilizar o grupo e o mundo, deixando tudo sombrio.

A criação do universo 3D
A neve de Jack Frost, a areia de sonhos do Sandman, os papeizinhos picados que caem da oficina do Papai Noel, enfim todo o universo foi pensado para levar o público para dentro da tela com um 3D que se recusa a ficar apenas jogando coisas na cara do espectador. Outro ótimo exemplo de utilização técnica da mídia são os efeitos surround de som, que ajudam o vilão a confundir Jack entre as sombras de seu esconderijo. São detalhes que podem passar despercebidos, mas fazem toda a diferença, assim como a contextualização de um efeito natural como a aurora boreal, que vira uma espécie de "batsinal" que convoca os Guardiões.
Após ver tanto a versão original quanto a dublada em português dá para dizer que um Jude Lawchama a atenção como o Pitch (Breu), o sotaque australiano de Hugh Jackman é metade da graça do Coelhinho da Páscoa e Alec Baldwin é um ótimo Papai Noel, mas a versão brasileira acerta justamente na sua discrição, ao não tentar chamar mais atenção do que os personagens que estão na tela.

A Origem dos Guardiões pode não ter um arco tão inovador quanto o universo em que está inserido, mas sabe muito bem como divertir o seu público. Prova disso é que já tem gente por aí chamando o filme de Os Vingadores do maternal - e acho que não dava para receber elogio melhor do que este em 2012.

Fonte: OMELETE
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