Mercado de games no Brasil tem crescimento incrível em 2012


Ok, ainda pode melhorar bastante, mas é inegável que o mercado de games no Brasil deu um grande salto nos últimos anos. Os preços dos consoles, apesar de ainda serem ridiculamente altos, vêm caindo, assim como o dos jogos. Por outro lado, o poder de compra do brasileiro está aumentando. Tudo isso, combinado com as maiores restrições à pirataria, tiveram um grande reflexo da venda de jogos no Brasil em 2012.
A consultoria GfK analisou o nosso mercado e revela em um estudo que as empresas de games no Brasil faturaram R$ 1 bilhão em 2012, um crescimento de 43% em relação aos números de 2011. Considerando só os software, sem contar hardware (ou seja, principalmente os próprios consoles), faturou-se 629 milhões de dilmas, um crescimento de 72% em relação ao ano anterior.
Para você ter uma ideia, a economia brasileira como um todo cresceu 0,9%. Isso aí. ZERO VÍRGULA NOVE.
A consultoria ainda ressalta que o nosso mercado de games teria tudo para dar errado. Só para comparação, um console custa em média 960 reais por aqui, enquanto é cobrado 530 dilmas na Alemanha. Ainda nas comparações, o mercado de games no Reino Unido faturou R$ 3 bilhões em 2012, o triplo do nosso — isso considerando que a população do Brasil é três vezes maior.
Ainda assim, na mesma Inglaterra, as vendas de games tiveram uma queda de 27%. Ou seja, enquanto o mundo enfrenta uma crise e o final de uma ~geração~, nós aqui no Brasil estamos tirando a diferença e crescendo tendo pela frente um enorme potencial inexplorado. Um dos fatores que podem ter ajudado nisso é o preço dos títulos: por aqui a média do valor cobrado é de R$ 103, enquanto os valores médicos na Alemanha e na França são, respectivamente, 93 e 104 dilmas. Estamos no mesmo patamar da Europa.
Mais do que nunca, que esses números provem que, com investimento, é possível sim vender jogos e consoles no Brasil, fazendo um bom lucro. Basta apenas procurar formas inteligentes para baixar custos, incluindo a produção nacional. Quem sabe até o PlayStation 4 e o Xbox 720 tenham uma linha de produção na Zona Franca de Manaus mais cedo do que esperávamos, né?
O maior (e talvez o ÚNICO) empecilho nisso tudo nem se chama mais pirataria. O nome, na realidade, é CARGA TRIBUTÁRIA ALTA.

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